A maior catástrofe climática do Rio Grande do Sul provocou graves avarias no Beira-Rio. Impactado pelas enchentes de maio, nosso estádio passou longos 70 dias sem sediar uma partida, mas a espera chegou ao fim no último domingo (07/07), em duelo com o Vasco. Aguardado com enorme expectativa, o retorno à casa só foi possível graças ao incansável trabalho dos colaboradores e colaboradoras do Clube do Povo, que tiveram seu engajamento justamente reconhecido pelo Internacional.

Realizadas 24 horas por dia, nos sete dias da semana, as atividades de reconstrução do Beira-Rio compreenderam todos os setores do estádio, do gramado à área administrativa, passando por infraestruturas elétrica e hidráulica, túneis de acesso, arquibancadas, área de imprensa, vestiários e sistemas de áudio e som, entre outros. De maneira mais intensa, 114 colaboradores e colaboradoras participaram dos trabalhos no Gigante, e esse grupo recebeu homenagens do Inter tanto no domingo quanto nesta segunda-feira (08/07).

No domingo, os 114 funcionários entraram em campo, minutos antes do apito inicial, sob aplausos da torcida. Do gramado da casa colorada, os homenageados assistiram a um vídeo de agradecimento (disponível no player acima) pelo trabalho realizado desde o começo das enchentes. Na sequência, o presidente Alessandro Barcellos entregou uma placa para Petterson Pedroso Santos, auxiliar de manutenção do Clube do Povo que foi escolhido como representante do grupo de funcionários.

Petterson recebeu a ovação do Beira-Rio. Morador de Eldorado do Sul, ele perdeu a casa inteira na enchente e morou boa parte do período em um abrigo, mas, mesmo assim, esteve presente no estádio e auxiliou na reconstrução da casa do Inter. Logo após a entrega da placa, Neto Fagundes assumiu os microfones e conduziu um emocionante encerramento para a cerimônia. Na companhia da torcida, o o cônsul cultural do Clube do Povo entoou a plenos pulmões o hino do Rio Grande do Sul.

Já nesta segunda-feira, os demais membros do grupo de colaboradores e colaboradoras homenageados receberam suas placas e um certificado no Salão Nobre do Conselho Deliberativo. A entrega ocorreu durante cerimônia que contou com as presenças de Dalton Schimitt Junior e Ivandro Rodrigo Morbach, respectivos 1º e 2º Vice-Presidente do Internacional, Gabriel Gonçalves Nunes, vice-presidente de Patrimônio e do Parque Gigante, Ricardo Branco Rogoski, vice-presidente de Comunicação, Cauê Vieira, secretário-geral do Clube do Povo, e Giovane Zanardo, CEO colorado.

“Não temos palavras para agradecer o trabalho de vocês. O Inter tem uma gratidão eterna com cada um e cada uma”, destacou Gabriel Nunes, responsável por abrir o evento. Depois do vice-presidente de Patrimônio e do Parque Gigante, o CEO Giovane Zanardo sublinhou que a união construída por diferentes setores do Clube é um importante legado que fica a partir da retomada dos serviços no Beira-Rio.

“Independente da área em que trabalhou, independente da função que tem no Clube, independente do tempo de dedicação ao Clube, quanto tempo tem de casa… todo mundo tinha um horizonte só: voltar para casa. E cada um trabalhou, diuturnamente, todos os dias, para executar essa missão. (…) Esse é o legado que fica. Isso é o que a gente deixa para nós. Para todos nós, colorados: o legado de termos trabalhado de forma unida. Sobrou dedicação. Sobrou amor ao Clube. Sobrou amor à profissão que exerce. Sobrou amor à profissão que. Fica, de fato e de coração, o meu muito, muito obrigado.” Giovane Zanardo

Por fim, Dalton Schimitt ressaltou a agilidade com que a reconstrução do Gigante foi conduzida pelos colaboradores e colaboradoras. Em tempo recorde, o Clube do Povo voltou para casa e pôde receber, sem intercorrências, um público de 33 mil pessoas diante do Vasco. De acordo com o 1º Vice-Presidente do Conselho de Gestão, a excelência dos trabalhos ficará marcada na história do Internacional.

“Vocês foram lá e deram um exemplo não para nós, mas para o Brasil. Ninguém acreditou no que aconteceu ontem. É inacreditável o que vocês conseguiram fazer. Colocar um Gigante desses de pé, operando para receber 30, 40 mil pessoas sem problema nenhum. É uma obra para muitos poucos. Eu acho que, talvez, a gente não vá ver isso acontecer de novo. Como não viu antes. Então, eu queria, além de agradecer vocês, que vocês, do fundo do coração, saibam que esse amor que vocês deram para o Clube, esse carinho, essa atenção que vocês deram, vai ficar marcada. A gente vai lembrar disso para sempre.” Dalton Schimitt Junior